ILHA SOLTEIRA - SP, É QUASE UM PARAISO!!

ILHA  SOLTEIRA - SP,  É QUASE UM PARAISO!!
OS MEUS JARDINS E QUINTAIS EM MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA !! A Minha Amada, deitada eternamente em berço esplêndido; ao som do Rio Paraná e à luz deste céu profundo!! (Crédito da Foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=210844 )

CORAÇÃO CIVIL

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Combate à Violência Contra a Mulher

25 de novembro:

DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

Créditos: Unifenbr
Fonte: http://www.youtube.com/user/unifembr

O dia 25 de novembro foi eleito como o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, em homenagem às irmãs revolucionárias Mirabal – Patria Mercedes Mirabal, Minerva Argentina Mirabal e Antonia Maria Teresa Mirabal – presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

As Irmãs Mirabal

Da esquerda para a direita: As irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa.

Essa data, que se tornou um marco, passou a ser um dia internacional de protesto contra a violência contra a mulher, e foi escolhida no 1º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, no ano de 1981. Em 25 de novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Este período também contempla outras duas datas significativas: o 1o de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra a AIDS e o dia 6 de Dezembro, Dia do Massacre de Montreal. O 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

Em 25 de novembro ocorrerão em todos os continentes, diversos protestos contra este tipo de crime e também diversas formas de reivindicações para as garantias a igualdade de gênero em nossa sociedade.

As discussões acerca dos direitos das mulheres e todas as formas de violências cometidas contra elas devem ser de interesse comum em toda a sociedade (é imprescindível sê-lo), para todos nós podermos fazer reflexões sobre o tratamento que a sociedade brasileira tem com relação às mulheres.

Em nosso país a nossa realidade é cruel. Os dados sobre a violência contra as mulheres são drásticos e alarmantes: a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no Brasil. Este dado é estarrecedor, se considerarmos ainda, que, a maioria da população brasileira é composta por mulheres.

Dentre as formas e casos de agressões (um caso de espancamento a cada 15 segundos), 70% deles ocorrem dentro da própria casa; o que faz com que sejam necessárias reflexões e a necessária discussão de nossos papéis em nossas vidas enquanto pais, mulheres e homens, em nossa sociedade.

É necessário que o Estado dê realmente as condições necessárias (em plenitude), e aperfeiçoe os mecanismos de defesa e proteção às mulheres vítimas de violência. Assim também devem ser estimulados ações sociais e os debates relacionados a esta cruel realidade, a serem desenvolvidos nos ambientes das escolas, em igrejas, nos diversos tipos de associações e instituições filantrópicas, de classes, de moradores; enfim, que de variadas formas possa abranger as nossas relações sociais em nosso país, como um todo.

As formas de covardia iniciam-se também e são ainda estimuladas, quando as pessoas sabem, ou testemunham quando tais fatos de violência contra a mulher são praticados e acontecem e não tomam decisões em denunciar tais fatos. Os fatos podem estar muito próximos, talvez na vizinhança do lar, ou é alvo de comentários no ambiente de trabalho, e até mesmo chega-se as formas de constatação de formas visíveis das marcas que as mulheres agredidas trazem em seu corpo, e não só é isso ou somente assim; pois, existem as formas violentas de agressões contra as mulheres, quando as mesmas sofrem também os assédios sexuais, as formas absurdas dos assédios morais e as formas tão comuns de perseguições políticas em seus próprios recintos de trabalho, ou na sociedade em que vivem, cujas persecuções atingem a estrutura familiar, podendo inclusive causar a desintegração da instituição do lar. Como eu disse anteriormente, as covardias iniciam-se quando as pessoas testemunham, fazem indiferenças, fingem não saberem; e através destas formas de omissões em não denunciar tornam-se cúmplices e complacentes com os delitos dos agressores (mesmo que as pessoas testemunhas ou sabedores dos fatos não queriam admitir, quando eles(as) não promovem as devidas denúncias; de forma covarde acabam sendo verdadeiros cúmplices. Não cabe em hipótese alguma as desculpas malditas, como exemplos: “...melhor não envolver-me com a polícia ou com a justiça” ou ainda “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Esses famigerados bordões são desculpas, pensamentos e atitudes de pessoas ... ... ).

Ninguém pode e não deve calar-se diante de tais fatos. Alguns estados, por exemplo, o Rio Grande do Sul é um destaque em termos de denúncias contra a violência praticada contra as mulheres. É o estado com o maior índice de denúncias no Brasil. Se considerarmos que por um lado este dado é preocupante, devemos considerar também o lado positivo; pois, mostra que a as mulheres gaúchas têm a iniciativa de não admitir e não se calar diante das agressões e violências sofridas.

Não devemos e não podemos silenciar. Esta é uma forma com a qual pode ser encontrada para dar um fim e uma forte diminuição aos índices deste problema social. Para analisarmos as dimensões devido aos fatos do silêncio e pelas omissões em não serem denunciados tais tipos de crimes praticados contra as mulheres; estima-se que apenas 10% das mulheres brasileiras vítimas de violência denunciam tais fatos.

No atual governo federal houve avanços significativos. Entre tais avanços destaca-se o Pacto Nacional pelo enfrentamento à violência contra a mulher e a implementação da Lei Maria da Penha que deverá ser uma grande conquista real para as mulheres. Notadamente tornam-se necessários: a criação e ampliação dos juizados especiais de violência doméstica e familiar contra a mulher; formas concretas da regionalização e a interiorização das delegacias especializadas de atendimento à mulher com profissionais capacitados e específicos; dos centros de referência para atendimento das mulheres vítimas e em situação de violência; além de instituição dos núcleos de defensorias públicas especializadas nas questões relacionadas aos direitos das mulheres; de casas abrigos; de serviços de saúde com profissionais capacitados para o atendimento de mulheres vítimas de violência; além também de um amplo leque de programas de prevenção à violência com campanhas de formas permanentes na educação e medidas aliadas aos meios de comunicação.

É imprescindível realizar as formas de aperfeiçoamentos e de aparelhamento, com todas as tecnologias possíveis e existentes; além de todos os recursos humanos e formação de profissionais em segurança pública específica para todas as delegacias especializadas de atendimento às mulheres existentes no Brasil (como dito anteriormente); além também da construção de todo um complexo de rede de atendimento às mulheres agredidas e suas famílias, para as devidas formas de assistências necessárias visando promover a nova integração familiar. Entendo, assim como é certo o consenso entre as feministas, os especialistas; os defensores e militantes pelas causas dos direitos humanos, de que os fatos e a questão das diversas formas de violência contra a mulher, além de ser uma questão de segurança pública, devem ser vistas, entendidas e tratadas sob a ótica da saúde pública.

Não há que se ter e não se pode haver tolerância e complacência com os delitos de violências praticadas contra a mulher. Tais práticas fazem a sociedade, em todos os seguimentos retrocederem na construção da democracia. A construção da dignidade e da igualdade da mulher compõe a construção do ideal democrático, e a construção do Bem Comum em nossa sociedade brasileira.

Val Minillo


"O Homem é o único animal que se diferencia dos demais por agredir as suas fêmeas. "
John Griffith Chaney (que tinha o pseudônimo de Jack London - autor, jornalista e ativista social americano) .


CONHEÇA E DIVULGUE OS SITES ABAIXO.

São veículos de comunicação com variadas formas de divulgação de conscientizações, notícias, campanhas, entre tantos outros assuntos relacionados a Mulher, e o Combate à Violência Contra a Mulher. Divulgue em todos os seus vínculos familiares de relações sociais. 

Acesse e visite o Site da AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO - Clic no link abaixo do banner.

Um espaço de opinião e debate sobre questões críticas para as mulheres brasileiras.


Acesse e visite o Site Quebre o Ciclo e conheça as campanhas e variadas formas de conscientizações de luta e trabalhos contra a violência praticada contra a mulher. (Clic no link abaixo do banner)



Conheça também o inteiro teor da Lei Maria da Penha - A Lei N°11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.

Para conhecer um pouco mais sobre a História das Irmãs Mirabal, clic no link abaixo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3s_Mirabal

Fonte: http://viverpuramagia.blogspot.com/

Creio, que o Amor, mais forte em sua essência; dentre os seres na Terra, está no Ser Mulher. Talvez, a poderosa missão concedida por DEUS para a mulher - em ser mãe - explique um pouco o que eu creio.

1 Coríntios 13

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

19 DE NOVEMBRO. MEU ANIVERSÁRIO!!

Hoje é o Meu Aniversário!!

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51 ANOS!!

Algumas reflexões.


O Meu Aniversário

É sempre muito bom poder completar mais um ano de vida e fazer aniversário: 51 Anos!!

As lembranças são diversas. O pensamento voa de uma a outra lembrança, recordações, saudades; e muitas passagens na vida já não povoam mais a memória, a consciência e a essência do Meu Ser. Vez ou outra, várias recordações de fatos importantes, ou fatos também não tão importantes; porém vividos, retornam em lampejos de luz à minha memória...

É muito bom viver. A vida é uma dádiva de DEUS.

Se necessário fosse eu viveria, ou, se permitido for; eu viverei tudo novamente da forma em que vivi todos estes 51 anos de vida. Sem tirar e nem acrescentar. Há algo em meu íntimo Ser, que desde a minha infância me diz, que tudo o que seria para viver, e o que está sendo vivido em mim; foi por mim escolhido para viver, antes de nascer neste mundo, neste plano terrestre. Sinto neste pensar e agir, em toda essa vivência, um sentido forte de espiritualidade. É a mesma chama que ilumina a minha essência, a voz em meu íntimo Ser, que conversamos diariamente longos diálogos, com o Anjo que me acompanha, me guarda e protege.

Assim como percebo os pecados diários que cometo, percebo também que sou útil a vida, ao mundo e a DEUS. Por diversas vezes na vida, existiram revoluções em mim. Estas revoluções manifestadas em percepções sensoriais da alma (dos movimentos vitais; força vital, princípio sensitivo e intelectual, vida), e do espírito (princípio animador ou vital que dá vida aos organismos físicos); e em percepções nas manifestações da natureza que me cerca; e ainda também nas visões comuns nos períodos em que as revoluções se manifestaram; entendi os chamados. Sempre foi necessário atender aos chamados e cumprir as missões, ser útil à vida onde quer que seja; e da forma que for imprescindível para cumprir. Mas, mesmo que alguma parte em mim, relutasse; eu sempre recordava de São Mateus: "O espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca". Mesmo que ao princípio sempre foi impossível saber qual seria o motivo dos chamamentos, nunca foi possível negar. Assim, sempre pedi a DEUS: “Senhor, coloque-me onde seja necessário viver e agir para ser um instrumento da Vossa Obra e do Vosso Amor, para que eu possa ser útil à vida e aos teus filhos”. A última missão cumprida foi em Porto Primavera – SP; meados de 1999 ao início de 2003. Durante esse tempo, DEUS construiu em mim todas as formas necessárias, o agir, o pensar, o falar; enfim, todos os caminhos para edificar as ações em defesa da vida e da dignidade para milhares de trabalhadores. Mesmo que, os embates, fossem vistos pelos trabalhadores mais humildes como loucura ou perigo a ser enfrentado e vivido, eu não agia por mim; estava sendo guiado. Tudo ocorreu e transcorreu de forma natural no cumprimento do que era para ser – A proteção e promoção à vida e dignidade de trabalhadores da construção civil pesada. Aos que viveram e vivenciaram estes momentos, creio que entenderam.

Há fatos interessantes na vida de cada pessoa. Busco sempre rememorar os primeiros tempos em minha infância. As lembranças mais remotas de minha infância são os tempos vividos em Vila Piloto – um distrito da Cidade de Três Lagoas – MS; onde morei com meus pais e irmãos desde 1962 a 1968. Vila Piloto foi construída para abrigar os trabalhadores durante a construção da Hidrelétrica de Jupiá, na divisa entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Lembro as primeiras descobertas dos arredores da Rua 26 onde moramos, e que aos poucos fui descobrindo; naquela época. Doces lembranças sempre estão presentes em mim. Como exemplo, os tempos em que bem ao princípio das manhãs, durante certo tempo, eu aguardava sentado ao portão do zoológico; os funcionários chegarem para abrirem o recinto, e a primeira tarefa era ajudar os funcionários a darem a primeira alimentação aos animais e aves naquele zoológico. O que mais me gratificava era ser reconhecido pelos animais, os quais eu conhecia um a um por seus nomes, apelidados pelos funcionários. Após conversas tecidas com os animais e aves durante certas horas, as quais eu sempre finalizava com afagos; ao voltar para casa, a tarefa era colher frutas da densa floresta de cerrado naquele zoológico. Não há lembrança melhor do que ainda sentir o cheiro e o sabor de tantas frutas com as quais eu deliciosamente me impregnava: jatobá, seriguela, gabiroba, araticum, mangaba, pitomba, cagaita, macaúba, ingá; entre tantas outras frutas, as quais eu comia três a quatro de cada tipo, cuidando para não chegar ao meu lar com nenhuma fruta; além de ter uma torneira preferida pelo caminho para retirar a lambuzeira das mãos, rosto e dentes; para que não fosse descoberto por meus pais, que eu havia andado pelos matos!!

Durante este tempo nunca fui um moleque de estilingue; mas sim, muito ligado a varas de pesca!! E já que também não podia voltar para o meu lar com os peixes pescados no Rio Paraná, eu me contentava em soltar após pescá-los; ou então, doava aos amigos que me acompanhavam entre os meus seis aos oito anos, nas aventuras a beira do grande rio – o Paraná. Estas lembranças me fazem refletir sobre os perigos nesta idade, em andar a beira do rio e em matas quase intocadas, cruzando várias vezes com queixadas, lobos-guará e enormes sucurís (em média com 8 metros de comprimento). Desde criança, sempre tive muito respeito pelos ambientes de florestas e matas por onde andei. Desde criança, antes de entrar nas matas, florestas e rios, tenho por hábito pedir licença aos seres que habitam tais ambientes. Também, precedidas as entradas e saídas nestes locais, sempre havia as orações ao meu Anjo da guarda, a Jesus e a Deus.

No ano de 1968 a nossa família mudou-se para Ilha Solteira – SP. Outra cidade planejada (assim como a Vila Piloto), para os moradores construtores da nova hidrelétrica; também no Rio Paraná. Para completar a nossa família que já era formada por meus pais João e Ivone; eu e meus irmãos Airton, Mário, Eduardo; nasceram na Ilha o Alessandro e o Emerson. Assim como a minha família, Ilha Solteira é uma referência muito forte em minha vida. O lar de meus pais sempre foi muito cheio de amor e carinho. A nossa família sempre foi muito abençoada por DEUS. As lembranças de maior ternura que guardo de meu pai e de minha mãe são os seus ensinamentos que recebemos no lar.

Novamente, em Ilha Solteira, o restante da minha infância e o período de minha adolescência foram traçados e vividos pelos compassos traçados por DEUS e por meus pais. Imperavam em minha vivência muita natureza daquela cidade – as matas e barrancas do Rio Paraná, os meus quintais e jardins, o convívio com os amigos de mossa família, os vizinhos, enfim, o entrosamento muito comum com o povo em suas variadas classes sociais e culturais. Pude ter também uma vida escolar muito ativa no CIU – Colégio Integrado de Urubupungá; onde no que eu mais era imbuído e me destacava, era no currículo em Educação Física, onde se podia escolher qual tipo de esportes poderia aprender durante um ano todo, ou em vários anos, num universo de várias modalidades esportivas, tais como: handebol, basket, atletismo, futsal, natação, voleibol, ginástica de solo, futebol, entre outros esportes; onde me senti glorioso em poder chegar a ser por algumas semanas um reserva da seleção de voleibol. Todas as disciplinas de Educação Física eram ministradas por grandes mestres. Igualmente eram grandes mestres os professores de várias outras disciplinas obrigatórias (nas quais confesso não ter sido sempre tão bom: Matemática, português, OSPB, Geografia, Ciências...), ou disciplinas complementares, nas quais eu me destaquei também em algumas: Práticas Agrícolas; Práticas Comerciais; História; Artes Plásticas; Educação em Enfermagem; Inglês; Artes Industriais; e Integração Social – que compreendia artes, dança e música, que incluía em suas variantes os aprendizados teóricos e práticos. A disciplina de Integração Social marcou definitivamente a minha vida, além dos aprendizados, foi também pela forma humana em que eram ministrados os conteúdos pela Professora Rachel Alice Ehrenberg Dossi, que foi para mim e para tantos alunos; sendo também para Ilha Solteira a maior referência em Educação e Cultura. A saudosa Professora Rachel sempre foi a minha professora mais querida!!

Outros aprendizados e participações em minha adolescência em Ilha Solteira, foram imprescindíveis em forjarem o meu caráter. Dois foram muitos especiais: a participação no Grupo Escoteiro de Urubupungá – quando foi dirigido pelo Chefe Escoteiro Benedito Messias Cintra; e a participação na Fanfarra do Colégio CIU tendo por dirigente o Professor Vanderlei Fonoff. Também, os diversos eventos ocorridos em épocas de festejos, de aniversário da cidade (em especial os Festivais de MPB); ou ainda em comemoração nas principais datas em efemérides; onde variados nomes e representações artísticas e culturais, dentre outras instituições; passaram por Ilha Solteira. Lembro-me de quando a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do Rio de Janeiro fez o seu desfile nas avenidas da Ilha, onde aproveitei e me enfiei no meio da ala das baianas. Lembro-me também do show de Gilberto Gil, que passou cerca de uma semana em nossa cidade, e acabei me enturmando com ele e sua banda, em suas permanências na piscina do Clube SEIS – Sociedade Esportiva de Ilha Solteira; onde tecíamos longas conversas naquelas tardes, em que Gil, foi ali para a garotada bem mais que um astro da MPB; pois, foi também um professor sobre os ensinamentos dos contextos da nossa música popular, da música das Américas; e em especial do cenário cultural e político em que vivíamos naqueles tempos no Brasil e no mundo – os anos 70.

Deixando um pouco o passado (que em outras ocasiões em épocas de meus aniversários voltarei a lembrar), voltando ao momento atual; Cidade Gaúcha também é um presente em minha vida. Aqui pude viver e aprender muito. O povo me ajudou a viver e a aprender ser ainda mais fraterno e solidário. Os trabalhos sociais de voluntariado, de doação, a filantropia em aprendizados e exercidas em outras cidades; aqui se tornaram mais fortes. Creio que se fez assim esta razão de eu ter chegado por aqui em 1991 e permanecer durante esses vinte anos nesta cidade. Lapidando-me, construindo família, amigos e relacionamentos sociais importantes. Assim, sinto que mais do que me doei, eu recebi. A valorização e o reconhecimento dados a mim pelo povo, como um cidadão útil a esta comunidade, é o que mais me gratifica e dignifica. Compreendo que os meus trabalhos sociais em dezenas de conselhos me concederam aprendizados sociais infinitos; iniciado em 1993 no Conselho de Prevenção e Combate a AIDS; seguindo pelo Conselho Tutelar; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; passando por tantos outros e atualmente na terceira participação no Conselho de Saúde.

O aprendizado maior é reconhecer que sempre é tempo de se doar para a construção de uma sociedade solidária e fraterna. A construção do Bem Comum. Agradeço a DEUS por tanta evolução.

Assim, agradeço a DEUS, aos meus pais, aos meus familiares, aos meus amigos:

- Obrigado por existirem, serem como são e por fazerem parte de minha vida!!

Obrigado Senhor DEUS por ter me concedido a vida. Louvado seja Deus nosso Senhor. Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.

Algumas fotografias:



Piraju - SP. A minha cidade natal.

Meus Pais e Meus Irmãos em frente a casa de meus avós paternos, em Piraju - SP. Eu estou ao lado direito da foto - Meus nove anos

Meus 15 anos. Em frente ao CIU - Colégio Integrado de Urubupungá - Ilha Solteira - SP.

Vila Piloto - Distrito de Três Lagoas - MS.

Vista aérea de Vila Piloto. No lado direito superior da foto, destaca-se as matas do antigo zoológico, o qual eu frequentava quando era criança.

Vista aérea da Cidade de Três Lagoas. Vila Piloto ao centro e próximo ao Rio Paraná, os meus jardins e quintais em meu tempo de criança.

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=11203735

Vista aérea da margem esquerda da represa da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira - SP. Ao centro na parte inferior da foto, destacam-se as Praias Marina e Catarina. Jardins de minha adolescência.



Vista aérea da Ilha Solteira ao centro da foto, na jusante (abaixo), da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira; e o lago da represa da Usina. Os meus quintais e jardins em minha infância e adolescência.

Orando com o meu Rio Paraná

Em meus 31 anos. Também época em que cheguei em Cidade Gaúcha - PR.


Na Praça em Cidade Gaúcha, ouvindo uma canção de ninar cantada pela Sara.


Cantando a canção "Um Índio" acompanhado pela Banda Condor - Festival de Calouros - Cidade Gaúcha.

Em Piraju - SP, com Maria ao lado do Rio Paranapanema.

Em Piraju, com Maria.

Folha de São Paulo. Um sonho!!

Jéssica, Michelle, Janaína e Vinícius. Praça da Integração - Ilha Solteira - 1984.

Michelle, Jéssica, Vínicius, Janaína e eu. Praça da Integração - Ilha Solteira - 1985.

A Minha Mãe e o Meu Saudoso Pai. Em Nosso Lar, Junho de 1986.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

36º Festival Nacional de MPB de Ilha Solteira - SP

 A premiação do 36º Festival Nacional de MPB de Ilha Solteira chegam a R$ 28.300,00


Começa nessa quarta-feira, dia 17 de novembro, às 19h30 o 36º. Festival da Música Popular Brasileira da Estância Turística de Ilha Solteira, um dos mais tradicionais do Estado de São Paulo e muito famoso no Brasil. Esse ano uma das maiores atrações é o prêmio de R$ 25, 5 mil que será disputado pelos ganhadores.

A melhor música receberá R$ 8 mil; o segundo lugar ficará com R$ 6 mil; o terceiro com R$ 4 mil; o quarto R$ 2 mil; o quinto lugar R$ 1,5 mil. E do sexto ao décimo quarto lugar, R$ 200,00. O melhor intérprete receberá R$ 1 mil, a melhor letra R$ 1 mil e ainda haverá dois prêmios especiais: Prêmio Raquel Docci ( R$ 1 mil ) e prêmio Alcides Aquino (R$ 1 mil). A aclamação popular terá mais R$ 1 mil de prêmio.

Trinta músicas concorrem no festival desse ano, sendo que na quarta-feira serão apresentadas as 10 músicas composta por artistas ilhenses. Na quinta-feira começa a fase nacional, com exibição de dez músicas e na sexta-feira, mais dez músicas serão apresentadas ao jurado e ao público. No sábado somente as 14 finalistas vão passar pelo palco da Praça da Integração, onde o Governo do Estado, através da agência ABAÇAÍ garantiu instalação de sofisticada aparelhagem de som, elogiada pelos músicos.

O acesso público é liberado e o bom tempo deve permitir que esse ano o sucesso de participação popular seja repetido. No sábado está prevista apresentação de um show especial, também contratado pela agência Abaçaí que recebe recursos do Governo Estadual. Trata-se do "Trio Clandestino”, que apadrinhados pela apresentadora Ana Maria Braga estão fazendo sucesso no país inteiro cantando rock, som latino e outros ritmos que fazem sucesso no Brasil.

Visão – Assessoria de Imprensa


O show de encerramento do 36º Festival foi cancelado.

O Show com o cantor pernambucano Lenine que seria uma grande atração do Festival Nacional de MPB, foi cancelado...

Estância Turística de Ilha Solteira - SP. A Capital da Cultura.
CRÉDITO:

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Proclamação da República Brasileira

"Amor por princípio, ordem por base, e progresso por fim" 

15 de novembro de 1889 

Proclamação da República Brasileira


Proclamação da República do Brasil

A Proclamação da República Brasileira foi um episódio da história do Brasil, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou o regime republicano no Brasil, derrubando a monarquia do Império do Brasil, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II.

A Proclamação da República ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado, sem o uso de violência, depondo o Imperador do Brasil, D. Pedro II, e o presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.

Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um "Governo Provisório" republicano. Faziam parte deste "Governo Provisório", organizado na noite de 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório, marechal Floriano Peixoto como vice-presidente, e, como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.

A situação política do Brasil em 1889
O governo imperial, através do 37º e último gabinete ministerial, empossado em 7 de junho de 1889, sob o comando do presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto, do Partido Liberal, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o Império, à câmara geral, atual câmara dos deputados, um programa de reformas políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do conselho de Estado, mandatos limitados (não-vitalícios) no Senado. No Império, o Senado era vitalício. As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pela maioria dos deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. As reformas do Gabinete Ouro Preto chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, a república era proclamada.

A perda de prestígio da monarquia brasileira
Muitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na "Questão Religiosa"); pela perda do abandono do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.

Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão negra no país. Os progressistas criticavam também a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico, político ou social), a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e miséria, o afastamento do Brasil em relação a todos demais países do continente americano, fossem da América do Sul, fossem da América do Norte, em virtude da incompatibilidade entre os regimes republicanos e os monárquicos.

Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana - percebida como significando o progresso social - ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial: Enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de D. Pedro II, por outro lado, tinha cada vez em menor conta o próprio Império. Nesse sentido, era voz corrente, na época, que não haveria um "III Reinado", ou seja, a monarquia não continuaria a existir após o falecimento de D. Pedro II, seja devido à falta de legitimidade do próprio regime monárquico, seja devido ao repúdio público ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o francês conde D'Eu).

Embora a frase do jornalista e líder republicano paulista, depois feito ministro do governo provisório, Aristides Lobo "O povo assistiu bestializado" à proclamação da república, tenha entrado para a História do Brasil, pesquisas históricas, mais recentes, têm dado outra versão à aceitação da república entre o povo brasileiro: É o caso da tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello (A república consentida, Editora da FGV, EDUR, 2007), que indica que a república, antes e depois da proclamação da república, era vista popularmente como um regime político que traria o desenvolvimento, em sentido amplo, para o país.

Antecedentes da Proclamação da República
A relativa credibilidade na estabilidade política do Império do Brasil veio a ser abalada, dando lugar ao desejo popular de se estabelecer um regime político que alguns setores da sociedade acreditavam que seria mais adequado aos problemas da época.

A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), essa crise foi tomando corpo, como resultado de vários fatores de ordem econômica, social e política que, somados, conduziram aqueles setores à conclusão de que a monarquia precisava ser superada. Adicionalmente, ainda havia as seguintes questões:

A classe média (funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava maior liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império.

O imperador D. Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.

A crise econômica
A crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de três milhões de libras esterlinas em 1871 para quase vinte milhões em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75% ao ano, no plano interno.

A questão abolicionista
A questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, devido a repercussão da experiência mal sucedida nos Estados Unidos de libertação geral dos escravos ter levado aquele país à guerra civil, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total que haviam pago pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações seriam pagas com empréstimo externo.

Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.

Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos. Mesmo a adesão dos ex-proprietários de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à escravatura.

Assim, logo após a Princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotejipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:

”A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono"! Barão de Cotegipe

Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
O Proclamador da República da Brasil.

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A questão militar
Os militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. Os militares não possuíam uma autonomia de tomada de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do Imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a maioria dos ministros da guerra eram civis.

Além disso, frequentemente os militares do Exército Brasileiro sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do Império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca, mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. As promoções na carreira militar eram difíceis de serem obtidas e eram baseadas em critérios personalistas em vez de promoções por mérito e antiguidade.

A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior atenção à Marinha do Brasil.

''Proclamação da República'', 1893. Óleo sobre tela, 123,5 x 198,5 cm. (Acervo da Pinacoteca Municipal de São Paulo).

O golpe militar de 15 de novembro de 1889
No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.

O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.

Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispnéia, e convencem-no a liderar o movimento.

Com esse pretexto de que Deodoro seria preso, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana, e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.

No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim se justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:

” Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!” (Floriano Peixoto)

Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.

O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.

Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.

À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.

D. Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O Imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro da Fonseca foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.

No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920.

Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diário Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:
“Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!” (Aristides Lobo)

Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, determinado pelo artigo 2º do Ato das disposições constitucionais transitórias da Constituição de 1988, no dia 21 de abril de 1993. Nesse plebiscito a opção "república" obteve 86% dos votos válidos.


A REPÚBLICA

''A República'' (Acervo do Museu de Arte da Bahia) - ''Manuel Lopes Rodrigues''' (1860 - 1917). Óleo sobre tela, alegórica, 2,30 x 1,20 -- 1896.

Marechal Deodoro da Fonseca

Crédito fonte: http://www.youtube.com/watch?v=386DRPAfVFo&feature=related