ILHA SOLTEIRA - SP, É QUASE UM PARAISO!!

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OS MEUS JARDINS E QUINTAIS EM MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA !! A Minha Amada, deitada eternamente em berço esplêndido; ao som do Rio Paraná e à luz deste céu profundo!! (Crédito da Foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=210844 )

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sábado, 19 de outubro de 2013

Centenário de Vinícius de Moraes



Mestre Vina!

Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes.
Imensurável Poeta!


Magnífica e rica é a nossa língua portuguesa. Apaixonam-me as escolas da literatura brasileira, todas; desde a Literatura de Informação – um seguimento do Quinhentismo, ao exemplo das cartas de Pero Vaz de Caminha – com o seu olhar de estrangeiro e a visão deste nosso mundo (Brasil) na ótica do outro (e aí tento me imaginar num exercício dos primeiros índios, como sendo visto como um “objeto” exótico); passando por José de Anchieta e a sua religiosidade poética; e o missionário Padre Antônio Vieira com os seus sermões, e nestas obras aplicando a arte da retórica dos jesuítas, trabalhando assim os conceitos e as idéias. Entendo que, no contexto de criação da estilística lusófona, Antônio Vieira com as suas prosas poéticas manifestava assim essências artísticas e literárias.  Concordo plenamente com o poeta Fernando Pessoa, sobre a sua afirmação em considerar Antônio Vieira e Camões com sendo os fundadores da língua portuguesa. É também muito bom poder ter a graça de viver atualmente as Tendências Contemporâneas.  A poesia é para mim a musa em todo e qualquer conceito sobre literatura e em todas as escolas ou movimentos literários.

O Mestre Vinicius de Moraes (que atravessa a segunda fase do Modernismo, passa pelo Pós-Modernismo e flui placidamente e também de certa forma contestador nas Tendências Contemporâneas, foi sem dúvida nenhuma um artista completo – diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor, roteirista, e poeta de essência lírica – alcançou em sua vida o grande destaque na poesia e na música. Suas obras são vastas, compreendidas na literatura, teatro, cinema e música.  

Desde o início de minha adolescência e adentrando em minha juventude, até quando em 1980 Vinícius partiu para outro plano; o que sempre admirei no poetinha (a arte mais nobre que me chamava à atenção nele), era imaginar de que forma, Vinicius claramente realizava um exercício constante em tentar decifrar, ou encontrar uma forma de beleza imensurável no universo de toda a natureza, que pudesse ser comparada a mulher amada. Só em meus primeiros sentimentos manifestados através de minha essência, durante os êxtases que vivi nas inspirações quando em meus dezesseis anos criei as minhas primeiras poesias, é que pude ter consciência, de como é tão difícil esse exercício de decifrar, o quão tão belo e imensurável é a mulher amada! Neste exercício permanente também em mim – em buscar decifrar e comparar a mulher amada – o sentimento mais próximo que consigo lapidar, é que, seja talvez como o momento do nascimento de um filho para a vida, mergulhando do ventre materno para o mundo. Só algo assim tão forte é que talvez se aproxime ao valor que a mulher amada representa para nós, os poetas. Creio que assim seja também para as poetisas, ainda de uma pureza em mais elevado ápice (no puro sentido extremo da perfeição); assim, neste contexto, em lampejos instigantes, ouso também em pensar como as saudosas Florbela Espanca, Clarice Lispector e Cora Coralina; musas ourives do amor, definiam os seus amados. Imagino que seja o mesmo sentimento tão forte que as poetisas sentem quando criam poesias, assemelham-se como dar a luz aos filhos. Este sentimento todo em mim, aprendido pela arte de observação de Vinícius com relação à mulher amada, me faz recordar outra obra sua, a qual eu cantava para ninar a minha primeira Filha – Roberta Michelle – ainda dentro do ventre materno. Chorando, em extrema felicidade e acometido de profundo êxtase e ternura, eu cantava a canção “O Filho que eu quero ter”. Somente muito tempo depois, foi que certa vez, ouvi Toquinho dizer (na introdução durante uma gravação desta canção), como Vinícius mostrou a ele (Toquinho), esta obra em seus primeiros momentos após escrita!! Toquinho explicou que o mestre Vina, chorando mostrou a ele a composição desta canção. Também, nesse sentimento sobre a importância do amor essencial que é a mulher amada, recordo-me de outro grande poeta e músico atual – Dante Ramon Ledesma – que em sua dialética sobre a importância da mulher; lembra muito a arte do poeta Vinícius de Moraes quanto ao amor pela mulher. A declamação de Dante quando canta a canção Yolanda (de Pablo Milanês), sintetiza bem esse exercício sublime! Diz bem assim:

“Quantos homens se necessitam por uma mulher?
Quantas vezes teremos que nascer para valeu uma mulher?
Esférica e eterna, dona da vida!
Não estás nem atrás, nem ao lado; estás à frente!
Sem ti a humanidade seria silêncio, a cada dia, mulher...
Estás em todos os dicionários, e nenhum deles disse nada,
Faltam palavras para expressar, tantos sentimentos, nesta vida, mulher!”

Quero assim em todo esse intróito neste artigo falando sobre Vinícius de Moraes, resumir a admiração que tenho por sua obra. É o meu poeta preferido! É de Vinicius a poesia mais linda que conheço. Uma poesia que fala do trabalhador, o operário!

O poema “O operário em construção” escrito por Vinícius de Moraes no ano de 1956, narra o trabalho como sendo o alicerce para a vida da humanidade, enfatizando o processo de percepção por consciência do operário sobre o seu real valor, iniciando a sua análise a partir de sua situação na condição de completamente alienado. No transcorrer deste processo de conscientização, o operário dissipa essa forma alienada, quando constata que era ele quem criava tudo o que havia em torno de si;  tudo o que era preciso para suprir as suas necessidades diárias, como também era importante tudo o que ele criava; pois, supria as necessidades de uso como bem comum, como “Casa, cidade nação! / Tudo, tudo o que existia / Era ele quem o fazia / Ele, um humilde operário / Um operário que sabia / Exercer a profissão.”   

Propriamente, em sua essência e consciência, o operário é resultado do seu trabalho.

© Foto de Charles C. Ebbets/Corbis. 
A célebre foto intitulada “Lunch Atop a Skyscraper” completa 80 anos.


O operário em construção

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, capitulo 5, versículos de 5 a 8.

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário
em construção
Compreender
por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.


Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário
em construção.
Olhou
em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário
em construção
E
olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu
em vão
Pois
além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício
em construção
Que
sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:

Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.

E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.

Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.

Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!


Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício
em construção
Seu
trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.

Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.

Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!

- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.

E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo
em solidão.

Um
silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.



(O poema "O operário em construção" foi publicado pela primeira vez em 1956 em colaboração de Vinicius de Moraes ao jornal quinzenário “Para-todos” – Rio de Janeiro, RJ – a convite de seu amigo Jorge Amado).


O então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva, e o poeta compositor Vinicius de Moraes, nas comemorações do Primeiro de Maio de 1979, quando Vinícius leu o poema Operário em Construção a pedido de Lula.

Aos olhos atentos de uma multidão de trabalhadores, políticos e intelectuais, Vinicius de Moraes leu emocionado o poema “Operário em construção”, de sua autoria, a convite do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva.  “Os seus irmãos que morreram, por outros que viverão, uma esperança sincera cresceu no seu coração...”. Assim como o trecho da poesia lida na missa realizada no Dia do Trabalhador (1º de maio) de 1979, no Paço Municipal de São Bernardo do Campo, foi marco histórico da luta pela democracia no Brasil.  


Para saber mais sobre Vinicius de Moraes acesse os sites abaixo:


sábado, 12 de outubro de 2013

Dia das Crianças

Reedição

DIA DAS CRIANÇAS!!

VICTOR HUGO, MANUELLA, SARA E IARA

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Em Outros Países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças.Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

E A Verdade?

O Dia Mundial da Criança, oficialmente, é 20 de novembro, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Porém, a data efetiva de comemoração varia de país para país.No Brasil, o Dia da Criança é comemorado juntamente com o dia de nossa senhora aparecida, em 12 de outubro, que é um feriado.


Declaração dos Direitos da Criança


Adotada pela Assembléia das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959 e ratificada pelo Brasil.

PREÂMBULO
VISTO que os povos da Nações Unidas, na Carta, reafirmaram sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano, e resolveram promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla,

VISTO que as Nações Unidas, na Declaracão Universal dos Direitos Humanos, proclamaram que todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades nela estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição,

VISTO que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, precisa de proteção e cuidados especiais, inclusive proteção legal apropriada, antes e depois do nascimento,

VISTO que a necessidade de tal proteção foi enunciada na Declaração dos Direitos da Criança em Genebra, de 1924, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos estatutos das agências especializadas e organizações internacionais interessadas no bem-estar da criança,

VISTO que a humanidade deve à criança o melhor de seus esforços,

ASSIM, A ASSEMBLÉIA GERAL PROCLAMA esta Declaração dos Direitos da Criança, visando que a criança tenha uma infância feliz e possa gozar, em seu próprio benefício e no da sociedade, os direitos e as liberdades aqui enunciados e apela a que os pais, os homens e as melhores em sua qualidade de indivíduos, e as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconheçam este direitos e se empenhem pela sua observância mediante medidas legislativas e de outra natureza, progressivamente instituídas, de conformidade com os seguintes princípios:

PRINCÍPIO 1º - A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família.

PRINCÍPIO 2º - A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se-ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança.

PRINCÍPIO 3º - Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade.

PRINCÍPIO 4º - A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especial, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequadas.

PRINCÍPIO 5º - À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar.

PRINCÍPIO 6º - Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.

PRINCÍPIO 7º - A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário. Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade.

Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.
A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.

PRINCÍPIO 8º - A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção e socorro.

PRINCÍPIO 9º - A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma.

Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral.

PRINCÍPIO 10º - A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º DE MAIO - DIA DO TRABALHO

 

 "Meu Maio" -   de Vladimir Maiakovski

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!


1º de Maio – Dia Mundial do Trabalho

A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” – Perseu Abramo

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho

Chicago, maio de 1886
 
O retrocesso vivido nestes primórdios do século XXI remete-nos diretamente aos piores momentos dos primórdios do Modo de Produção Capitalista, quando ainda eram comuns práticas ainda mais selvagens. Não apenas se buscava a extração da mais-valia, através de baixos salários, mas até mesmo a saúde física e mental dos trabalhadores estava comprometida por jornadas que se estendiam até 17 horas diárias, prática comum nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.

Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho). As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e social-democratas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro da máfia e do crime organizado era também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários como o Arbeiter Zeitung e o Verboten, dirigidos respectivamente por August Spies e Michel Schwab.

Como já se tornou praxe, os jornais patronais chamavam os líderes operários de cafajestes, preguiçosos e canalhas que buscavam criar desordens. Uma passeata pacífica, composta de trabalhadores, desempregados e familiares silenciou momentaneamente tais críticas, embora com resultados trágicos no pequeno prazo. No alto dos edifícios e nas esquinas estava posicionada a repressão policial. A manifestação terminou com um ardente comício.

No dia 3, a greve continuava em muitos estabelecimentos. Diante da fábrica McCormick Harvester, a policia disparou contra um grupo de operários, matando seis, deixando 50 feridos e centenas presos, Spies convocou os trabalhadores para uma concentração na tarde do dia 4. O ambiente era de revolta apesar dos líderes pedirem calma.

Os oradores se revesavam; Spies, Parsons e Sam Fieldem, pediram a união e a continuidade do movimento. No final da manifestação um grupo de 180 policiais atacou os manifestantes, espancando-os e pisoteando-os. Uma bomba estourou no meio dos guardas, uns 60 foram feridos e vários morreram. Reforços chegaram e começaram a atirar em todas as direções. Centenas de pessoas de todas as idades morreram.

A repressão foi aumentando num crescendo sem fim: decretou-se “Estado de Sítio” e proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas, criminosos e gângsters pagos pelos patrões invadiram casas de trabalhadores, espancando-os e destruindo seus pertences.

A justiça burguesa levou a julgamento os líderes do movimento, August Spies, Sam Fieldem, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Shwab, Louis Lingg e Georg Engel. O julgamento começou dia 21 de junho e desenrolou-se rapidamente. Provas e testemunhas foram inventadas. A sentença foi lida dia 9 de outubro, no qual Parsons, Engel, Fischer, Lingg, Spies foram condenados à morte na forca; Fieldem e Schwab, à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

Mártires de Chicago: Parsons, Engel, Spies e Fischer foram enforcados, Lingg (ao centro) suicidou-se na prisão.
FONTE: http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm

Spies fez a sua última defesa:

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, esperam a redenção – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!"

Parsons também fez um discurso:

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão". Fez um relato da ação dos trabalhadores, desmascarando a farsa dos patrões com minúcias e falou de seus ideais:

"A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".


No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg não estava entre eles, pois suicidou-se. Seis anos depois, o governo de Illinois, pressionado pelas ondas de protesto contra a iniqüidade do processo, anulou a sentença e libertou os três sobreviventes.

Em 1888 quando a AFL realizou o seu congresso, surgiu a proposta para realizar nova greve geral em 1º de maio de 1890, a fim de se estender a jornada de 8 horas às zonas que ainda não haviam conquistado.

No centenário do início da Revolução Francesa, em 14 de julho de 1889, reuniu-se em Paris um congresso operário marxista. Os delegados representavam três milhões de trabalhadores. Esse congresso marca a fundação da Segunda Internacional. Nele Herr Marx expulsou os anarquistas, cortou o braço esquerdo do movimento operário num momento em que a concordância entre todos os socialistas, comunistas e anarquistas residia na meta: chegada a uma sociedade sem classes, sem exploração, justa, fraterna e feliz. Os meios a empregar-se para atingir aquele objetivo constituíam os principais pontos de discordância: Herr Marx, com toda a sua genialidade incontestável, levou adiante a tese de que somente através de uma “Ditadura do Proletariado” se poderia ter os meios necessários à abolição da sociedade de classes, da exploração do homem pelo homem. Mikhail Bakunin, radical libertário, contrapondo-se a Marx, criou a nova máxima: “Não se chega à Luz através das Trevas.” Segundo o Anarquista russo, deve-se buscar uma sociedade feliz, sem classes, sem exploração e sem “ditadura” intermediária de espécie alguma! A tendência majoritária do Congresso ficou em torno de Herr Marx e os Anarquistas foram, vale repetir, expulsos. Muitos têm apontado nesta ruptura de 1890 os motivos do fracasso do socialismo dito “real”: enfatizou-se mais do que o necessário a questão da “ditadura” e o “proletariado” acabou esquecido. A própria China de hoje (2004) é disso exemplo: uma pequenina casta de empresários lidera ditatorialmente uma nação equalizada à força aproximando perigosamente aquela tendência do neoliberalismo...

Fechando este parêntese que já vai longo, voltemos à reunião do Congresso Operário de 1890: na hora da votar as resoluções, o belga Raymond Lavigne encaminhou uma proposta de organizar uma grande manifestação internacional, ao mesmo tempo, com data fixa, em todas os países e cidades pela redução da jornada de trabalho para 8 horas e aplicação de outras resoluções do Congresso Internacional. Como nos Estados Unidos já havia sido marcada para o dia 1º de maio de 1890 uma manifestação similar, manteve-se o dia para todos os países.

No segundo Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, de 16 a 23 de setembro de 1891, foi feito um balanço do movimento de 1890 e no final desse encontro foi aprovada a resolução histórica: tornar o 1º de maio como "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".

Como vemos, a greve de 1º de maio de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, não foi um fato histórico isolado na luta dos trabalhadores, ela representou o desenrolar de um longo processo de luta em várias partes do mundo que, já no século XIX, acumulavam várias experiências no campo do enfrentamento entre o capital (trabalho morto apropriado por poucos) versus trabalho (seres humanos vivos, que amam, desejam, constroem e sonham!).

O incipiente movimento operário que nascera com a revolução industrial, começava a atentar para a importância da internacionalização da luta dos trabalhadores. O próprio massacre ao movimento grevista de Chicago não foi o primeiro, mas passou a simbolizar a luta pela igualdade, pelo fim da exploração e das injustiças.

Muitos foram os que tombaram na luta por mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje, um longo caminho de lutas históricas foi percorrido. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores, a nova revolução tecnológica criou uma instabilidade maior, jornadas mais longas com salários mais baixos, cresceu o número de seres humanos capazes de trabalhar, porém para a nova ordem eles são descartáveis. Essa é a modernidade neoliberal, a realidade do século que iniciamos, a distância parece pequena em comparação com a infância do capitalismo, parecemos muito mais próximos dela do que da pseudo racionalidade neoliberal, que muitos ideólogos querem fazer crer.

A realidade nos mostra a face cruel do capital, a produção capitalista continua a fazer apelo ao trabalho infantil, somente na Ásia, seriam 146 milhões nas fábricas, e segundo as Nações Unidas, um milhão de crianças são lançadas no comércio sexual a cada ano!

A situação da classe trabalhadora não é fácil; nesse período houve avanços, mas a nova revolução tecnológica do final do século XX trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal qual no final do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro; na outra ponta uma sucessão de governos neoliberais (Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva) fazem o inimaginável pela supressão de direitos trabalhistas conquistados a duras penas ao longo dos anos (13º salário, direito a férias remuneradas, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, etc.) ampliando as dificuldades ao trabalho, principalmente face a uma crise de desemprego crescente, e simplificando cada vez mais a vida da camada patronal. Neste sentido, naturalmente, a reflexão das lutas históricas passadas torna-se essencialmente importante, como aprendizagem para as lutas atuais.

Mikhail Bakunin
FONTE http://luistabuencafilosofo.files.wordpress.com/2009/12/bakunin.jpg


O Dia do Trabalho no Brasil

No Brasil, como não poderia deixar de ser, as comemorações do 1º de maio também estão relacionadas à luta pela redução da jornada de trabalho. A primeira celebração da data de que se tem registro ocorreu em Santos, em 1895, por iniciativa do Centro Socialista, entidade fundada em 1889 por militantes políticos como Silvério Fontes, Sóter Araújo e Carlos Escobar. A data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional. Desde então, comícios, pequenas passeatas, festas comemorativas, piqueniques, shows, desfiles e apresentações teatrais ocorrem por todo o país.

Com Getúlio Vargas – que governou o Brasil como chefe revolucionário e ditador por 15 anos e como presidente eleito por mais quatro – o 1º de maio ganhou status de “dia oficial” do trabalho. Era nessa data que o governante anunciava as principais leis e iniciativas que atendiam as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição e, depois, o reajuste anual do salário mínimo ou a redução de jornada de trabalho para oito horas. Vargas criou o Ministério do Trabalho, promoveu uma política de atrelamento dos sindicatos ao Estado, regulamentou o trabalho da mulher e do menor, promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo o direito a férias e aposentadoria.

Na Constituição de 1988, promulgada no contexto da distensão e redemocratização do Brasil após a ditadura militar (que perseguiu e colocou no mesmo balaio liberais, comunistas e cristãos progressistas), apesar de termos 80% dos tópicos defendendo a propriedade e meros 20% defendendo a vida humana e a felicidade, conseguiu-se uma série de avanços – hoje colocados em questão – como as Férias Remuneradas, o 13º salário, multa de 40% por rompimento de contrato de trabalho, Licença Maternidade, previsão de um salário mínimo capaz de suprir todas as necessidades existenciais, de saúde e lazer das famílias de trabalhadores, etc.

A luta de hoje, como a luta de sempre, por parte dos trabalhadores, reside em manter todos os direitos constitucionais adquiridos e buscar mais avanços na direção da felicidade do ser humano.

AUTOR: Lázaro Curvêlo Chaves - Primeiro de Maio de 2004











FONTE  FOTO: http://www.duplipensar.net/images/fraternidade/lcchaves.jpg


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segunda-feira, 22 de abril de 2013

22 DE ABRIL - DIA DA TERRA

REEDIÇÃO

22 DE ABRIL 
Dia Mundial do Planeta Terra


A TERRA FOTOGRAFADA PELA NAVE APOLO 17 - NASA


O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

A BANDEIRA NÃO OFICIAL DO DIA MUNDIAL DA TERRA


A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.

Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradica-los.

 Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.

 Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.

No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.

MAPA MUNDI DA TERRA
Fonte: http://www.astronomiaamadora.net/download.asp

"A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."

Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.

A TERRA VISTA A NOITE

Fonte:http://www.astronomiaamadora.net/download.asp

Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.

Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.

A TERRA VISTA DA LUA


O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

ILUSTRAÇÃO POR COMPUTADOR DO LIXO EXISTENTE EM ÓRBITA DA TERRA

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.

Para mantermos o equilíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.

Artigo da Marina Silva – Ex - Ministra do Meio Ambiente do Brasil


LEIA A CARTA DA TERRA, CLIC NO LINK ABAIXO:



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia 19 de Abril - DIA DO ÍNDIO.

(REEDIÇÃO)


DIA 19 DE ABRIL  -  DIA  DO  ÍNDIO

Este Artigo em homenagem ao Dia do Índio, é uma homenagem ao Amigo Índio - Yanama Kuikuro - da Tribo dos Índios Kuikuros, da Aldeia Índígena do Parque do Xingu  - Mato Grosso.  

                                                                               
(Abaixo, alguns fragmentos de poesias premiadas de minha autoria, com motivos índígenas).

Para lembrarmos que já temos 510 anos,
Haveremos de recordar que quando aqui chegamos,
Nesta Terra Brasil encontramos
Seus naturais e verdadeiros donos.
Seres sensíveis, luzes e doces demais,
E em famílias e tribos nós os denominamos;
Erramos, pois eram mais, imensuravelmente muito mais,
Fraternos e solidários que nós, os próprios humanos.

Nós os nomeamos: Xavante, Aimoré, Tupi, Guarani,
Camaiurá, Yanomami e tantas outras famílias,
Que já se foram, se perderam, se renderam;
Que ainda resistem ou existem por aí.
Civilizamos, nem sabíamos que eles eram os espíritos dos pássaros,
Nem imaginamos que viriam: “Peri”, Araribóia, Juruna, e o Cacique Raoni
Que afagou o Papa na cabeça, na barriga e em seus abraços.

Tuas vestes têm a cor do teu olhar.
Teu porte físico é mais bonito que qualquer nação,
Pois que tu és mais forte, que juntos seriam:
Ulisses, Achiles, Spartacus, Bem – Hur e Sansão.

Eternamente lindo,
Eternamente índio.
Índio que voa, condor pássaro,
Guerreiro como nunca foi visto;
Índio Brasil, mestiço de Chico Mendes, Guevara e Cristo.

Índio beija-flor, colibri
Livre como antes – curumim.
Até índio professor, escritor e deputado;
Mas, chega de índio queimado
Humanamente decente,
Em atitudes, alma e espírito, verdadeiro irmão!
Chegará o dia do índio presidente;
Então, tu conhecerás, o que é ser Nação!!
___________________________________


O Dia do Índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.

Em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, estimava-se que havia por aqui cerca de 6 milhões de índios.

Nos anos 50, segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, a população indígena brasileira estava entre 68.000 e 100.000 habitantes.

Passados os tempos de matança, escravismo e catequização forçada, atualmente há cerca de 280.000 índios no Brasil.

Contando os que vivem em centros urbanos, a população indígena ultrapassa os 300.000. No total, quase 12% do território nacional pertence aos índios.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1.300 línguas indígenas. Atualmente existem apenas 180. O pior é que cerca de 35% dos 210 povos com culturas diferentes têm menos de 200 pessoas..

Hoje em dia, o que parecia impossível está acontecendo: o número de índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais. A taxa de crescimento da população indígena é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, que é de 1,3%.

Em melhores condições de vida, alguns índios recuperaram a sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e aprenderam novas técnicas, como pescar com anzol.

Muitos já voltaram para a mata fechada, com uma grande quantidade de crianças indígenas. "O fenômeno é semelhante ao 'baby boom' do pós-guerra, em que as populações, depois da matança geral, tendem a recuperar as perdas reproduzindo-se mais rapidamente", diz a antropóloga Marta Azevedo, responsável por uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos em População da Universidade de Campinas.

Com terras garantidas e população crescente, pode parecer que a situação dos índios se encontra agora sob controle. Mas não! O maior desafio da atualidade é manter viva sua riqueza cultural.

Organização e Sobrevivência do Grupo

Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos natural oferecidos pelo meio ambiente com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a essas atividades.
A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.
Existe uma divisão de tarefa por idade e por sexo: em geral, cabe à mulher o cuidado com a casa, as crianças e a roça; o homem é responsável pela defesa, pela caça (que pode ser individual ou coletiva) e pela colheita de alimentos na floresta.
Os mais velhos - homens e mulheres - adquirem grande respeito por parte de todos.
A experiência conseguida por muitos anos de vida os transforma em símbolos de tradições da tribo. O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.
O Chefe da Tribo
Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique, tuxánas ou morubixabas.

A transmissão da chefia pode ser hereditária (de pai para filho) ou não. Os chefes devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter a tradição, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os civilizados.

Muitas vezes ele é assessorado por um conselho de homens que o auxiliam em suas decisões.

Alimento - Pesca

Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos dos animais, os índios possuem técnicas que variam de povo para povo. Na pesca, é comum o uso de substâncias vegetais (tingui e timbó, entre outras) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis.

Há também armadilhas para pesca, como o pari dos teneteharas - um cesto fundo com uma abertura pela qual o peixe entra atrás da isca, mas não consegue sair. A maioria dos índios no Brasil pratica agricultura.

Índia Awa-Guajá
Crédito: Pisco Del Gaiso

A foto foi tirada por um fotógrafo da Folha de São Paulo. Mostra uma Índia Guajá dando de mamar a um filhote de porco queixada. As mulheres Guajá amamentam os filhotes dos animais que são pegos nas caçadas. Esses filhotes são chamados de "heimá", palavra cognata de "timbabo", de onde vem "xerimbabo", tal como veio ao português do tupi antigo.


Cultura Indígena

O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas.

Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.

Ritos e Mitos

No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Tais ritos se ligam à gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras fases da vida. Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo); a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes.

Arte

A arte se mistura à vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite.

A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário.

Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena. Alguns índios realizam trabalhos em madeira.

A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos.

Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.

Fonte http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diaindio2.html

O GRANDE CHEFE  -  CACIQUE  RAONI
 
RAONI É GUERREIRO - EM DEFESA DAS TERRAS DE SEU POVO, ELE JÁ PUXOU A ORELHA DE UM MINISTRO!!

Raoni Metuktire é o líder dos caiapós, é um dos índios mais conhecidos no Brasil e no exterior por sua campanha em defesa do povo indígena e da floresta Amazônica. Raoni nasce em Mato Grosso, filho do cacique Umoro, do ramo dos caiapós conhecido como Metuktire. O sertanista Orlando Villas Boas é o responsável pela descoberta do grupo em 1954, quando conhece Raoni, então um jovem. O líder indígena não sabe sua idade, mas de acordo com estimativas de antropólogos deve ter hoje mais de 70 anos. Conhecido pelo botoque de 8 centímetros de diâmetro que ostenta no lábio inferior, marca registrada de seu povo, faz jus à tradição guerreira da tribo – a palavra caiapó significa "gente ruim da mata", segundo Villas Boas. Em 1984, ele aparece em público pela primeira vez armado e pintado para a guerra a fim de negociar com o ministro do Interior, Mário Andreazza, a demarcação de sua reserva. Durante a reunião com o ministro, dá-lhe um puxão na orelha e diz: "Aceito ser seu amigo. Mas você tem de ouvir índio". Em 1999, puxa as orelhas do presidente da Funai, Márcio Lacerda, para protestar contra a precariedade da assistência médica nos territórios indígenas. Torna-se famoso internacionalmente a partir de 1989, quando acompanha o cantor inglês Sting numa viagem à Europa, em campanha contra a invasão das áreas indígenas. Volta à Europa em maio de 2000, em busca de suporte financeiro para desenvolver um núcleo de alta tecnologia no Parque Nacional do Xingu. O projeto prevê a criação de um instituto com seu nome para abrigar um hospital, um centro de pesquisas da biodiversidade da floresta, escolas e um núcleo de comunicação ligado à internet.

Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Raoni

ESTE ARTIGO  SOBRE O DIA DO ÍNDIO, É TAMBÉM UMA HOMENAGEM - IN MEMORIAM - AO ÍNDIO GALDINO JESUS DOS SANTOS; O QUAL ERA UM LÍDER ÍNDIO DA TRIBO DOS PATAXÓS...

Galdino Jesus dos Santos
UM GUARDIÃO DAS FLORESTAS.

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”

“Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros.”

(As citações acima foram as Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.)

Ninguém sabe se a justiça brasileira é uma vírgula, ponto-e-vírgula ou um ponto final.

Em 20 de abril de 1997 o índio Pataxó Galdino Jesus dos Santos dormia em ponto de ônibus em Brasília quando foi barbaramente assassinado. Um grupo de rapazes se aproximou do pataxó e ateou fogo em seu corpo. O índio morreu ali mesmo, com o corpo completamente queimado.

Aquele dia 20 de abril foi um ponto final para o índio Galdino.

Os quatro assassinos não teriam sido julgados e condenados se não fosse à repercussão e a pressão da opinião pública brasileira e de instituições internacionais da época. No entanto, todos eles receberam regalias em suas penas. Assim que foram encaminhados a prisão, os quatro jovens de “boa família”, não ficaram 24 horas detidos. Foram transferidos para uma biblioteca desativada, onde receberam regalias de “assassinos presos importantes”.

O julgamento foi um ponto-e-vírgula na história do judiciário brasileiro, dentre milhares que se seguem ano após ano.

Cinco anos após o assassinato do índio Galdino, um dos assassinos – Bruno Minervino – prestou concurso público para o cargo de segurança. O edital deste concurso registrava 12 vagas e um salário de R$ 1.300,00 e exigido o ensino médio para tal função. Bruno, segundo o resultado final do concurso, ficou em 65º lugar. Logo após este resultado, misteriosamente as vagas subiram de 12 para 70 vagas. Em apenas 12 dias nas funções de segurança, Bruno foi promovido à dentista do TJDF, passando a receber o salário de R$ 6.600,00. Seu pai, presidente do TJDF, o juiz Edmundo Minervino, afirmou em entrevista que não tinha havido ato ilegal algum na nomeação de seu filho assassino.

A vírgula desta história fatídica, atípica e vergonhosa, fica para esta nomeação de um sujeito que de assassino julgado e condenado, passa a segurança e como num passe de mágica, torna-se dentista de um órgão importante como é Tribunal de Justiça.

O que podemos fazer? Em que ou em quem poderemos acreditar? – perguntaria alguém.

Eu honestamente creio que pouco nós podemos fazer. Mas, se o pouco fosse feito, muito se mudaria nesta cultura do “jeitinho brasileiro. A começar se nós falássemos, se nós usássemos as mídias para “berrar” a nossa revolta. É isso que faço agora: Berro!

- Se Bruno é tão bom assim, por que não fez concurso para o cargo de dentista?
- Por que aumentar o número de vagas exatamente para 70?
- Como estão se sentindo as outras pessoas que foram melhores colocadas que Bruno no concurso? Será que, algum dia na vida, estas pessoas vão ganhar R$ 6.600,00? E os outros profissionais que já estão trabalhando a mais tempo no TJDF?
- O que se pode esperar de um país que tem na sua justiça um juiz federal com esse comportamento?
- Que julgamento foi esse, que pena foi essa que o assassino cruel de uma pessoa já cumpriu, já foi solto e até teve tempo de fazer concurso e tudo?
- Assassinos podem fazer concurso público?

Todos nós poderemos fazer mil perguntas que podem e devem ter respostas. Não só respostas escritas de repúdia. Mas respostas efetivas, de ação, de consciência. É preciso que os bons (ou os que se dizem bons), unam-se na hora de votar em bandidos, ordinários e promíscuos politicos que circulam a nossa vida.

E o Judiciário está no mesmo caminho...

E agora, José?

EXTRAÍDO DO BLOG – PRIMEIRAS ÁGUAS –

Regalias e benefícios aos assassinos do Índio Galdino.

Pertencentes a famílias de grande poder aquisitivo e influência, desde a prisão os criminosos contaram com regalias a que nenhum outro preso comum tinha direito. Apesar das críticas efetuadas pela promotora Maria José Miranda, que acompanhou o processo nos primeiros cinco anos, os quatro rapazes detidos tinham direito a tomar banho quente e manter cortinas em suas celas, além de ficarem de posse da chave da própria cela. Por uma causa misteriosa que nunca foi revelada, a promotora pediu afastamento do caso pouco tempo antes do julgamento.

O menor de idade envolvido no crime foi encaminhado para o centro de reabilitação juvenil do Distrito Federal. G.N.A.J. e ficou preso apenas por três meses, apesar de ter sido condenado a um ano de reclusão. Os outros quatro foram condenados, em 2001, a 14 anos de prisão em regime integralmente fechado por homicídio doloso. Pela gravidade do crime não teriam direito a determinados benefícios, mas, já no ano seguinte receberiam autorização para exercer funções administrativas em órgãos públicos. Três dos cinco rapazes chegaram a ser flagrados pela imprensa local se dirigindo em carro próprio até o presídio sem passar por qualquer tipo de revista, após namorar e ingerir bebida alcoólica em um bar.

Em agosto de 2004, os quatro rapazes já se encontravam sob livramento condicional. Esse benefício foi recepcionado pela opinião pública como um atestado do "caráter volúvel do Poder Judiciário frente à força político-econômica" e que revoltou os familiares do índio assassinado. A mídia também noticiou a concessão do benefício, apesar de previsto em lei, como "certeza da impunidade" para um crime considerado hediondo pela legislação brasileira.

SAIBA MAIS SOBRE O ÍNDIO GALDINO, Clic no link abaixo:



Fonte

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=wlgykmaizoI&feature=related

Indicações:
Como indicações sobre temas indígenas,  abaixo estão alguns links para acesso  a sites:
Blog e Site de Mércio Gomes.
Mércio Gomes é um profundo conhecedor  com trabalhos em defesa das populações indígenas no Brasil.
Antropólogo (Ph.D. University of Florida, EUA, 1977), Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ex-Presidente da Funai, autor dos livros “Antropologia”, “Os Índios e o Brasil”, “O Índio na História”, “The Indians and Brazil”, “Darcy Ribeiro”, e “A Vision from the South”. A sair: ANTROPOLOGIA HIPERDIALÉTICA.

Para acessar o Blog do Mércio Gomes clic no link abaixo:


Site do Mércio Gomes:

Para acessar o Site do Mércio Gomes clic no link abaixo


Site sobre Línguas Indígenas Brasileiras

Para acessar o Site,Clic no link abaixo: